No Brasil, em todas as eleições
seja para cargos em níveis municipais, estaduais ou federais, são distribuídos
milhares de santinhos de papel e placas de publicidades (cavaletes) com o nome e
número dos candidatos são espalhadas pelas cidades brasileiras, como se isso
fosse ganhar uma eleição na era da informação, da internet, redes sociais e
demais formas de mídias modernas.
Nas ultimas eleições municipais
de 2012 , segundo levantamento do TSE, gastou-se 2 bilhões de reais em fabricação de santinhos, cartazes,
bandeiras e faixas. Desse total, mais de 800 milhões de reais foram gastos na
emissão de papeis para santinhos e jornais, o que significa a quantia de 603
mil árvores derrubadas que seriam o suficiente para produzir 40 milhões de
livros de 50 páginas. O comprimento da quantidade de papeis impressos
empilhados seria possível dar 143 voltas ao redor da Terra.
Para produzir o material impresso
foram gastos 3 bilhões de litros de água, que serviriam para abastecer regiões
do Brasil devastadas pela seca, como o nordeste brasileiro.
Além de ser um enorme gasto
público e consumir muitas árvores e água, essa geração de lixo traz alguns impactos
socioambientais, tais como:
Entupimento das galerias de
esgotos, podendo causar alagamentos e enchentes;
Poluição nos cursos de água e no
solo, devido à quantidade de santinhos e cavaletes que são jogados no chão das
vias públicas;
Os materiais jogados no chão
podem causar graves acidentes, como o de uma senhora que faleceu no dia da
eleição, após escorregar em panfletos espalhados em torno de uma seção
eleitoral na cidade de Guarulhos-SP;
Os cavaletes, banners, faixas,
bandeiras, causam a poluição visual, pois muitas vezes são dispostos
irregularmente em locais públicos sem autorização do poder público como em
postes de iluminação, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus, árvores,
jardins públicos e outros. Além disso, os candidatos não recolhem esse material
a noite conforme resolução de N° 23.404 do tribunal Superior Eleitoral, ficando
o mesmo nas vias públicas deteriorando-se com as intempéries e virando resíduo
que se dispõe em aterros.
No Brasil, não há lei que limite
a quantidade de material de propaganda política emitida e nem lei que
responsabilize o candidato pela geração desses resíduos de campanha eleitoral.
Portanto há de se exigir um rigor
maior por parte das autoridades na hora de imprimir esses milhões de
propagandas que são colocadas nas ruas, prejudicando o meio ambiente e a sociedade
e esperamos que a população comesse a estabelecer que seu candidato tome
providencias para não gerar tanto resíduo de campanha eleitoral. Além disso,
devemos cobrar das autoridades eleitorais para que os candidatos a algum cargo
sejam punidos pela geração indiscriminada de resíduos sólidos, como panfletos,
santinhos, bandeiras e faixas.
Referencias: